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Técnicas de Seleção de Pessoal

Posted: 9 de junho de 2009 às 12:59 pm   /   by   /   comments (0)

Nelson Fukuyama*

Pensar que toda a qualificação técnica e pessoal descrita num currículo ou demonstrada na hora da entrevista pessoal ou durante um processo de seleção é decisiva para se conseguir uma vaga de emprego nem sempre deve ser considerada uma razão suficiente para ser contratado.

Muitas vezes um candidato é submetido a uma bateria de avaliações, deixa uma ótima impressão em vários aspectos, mas acontece que existem certos aspectos subjetivos que acabam se tornando fundamentais. São aspectos que fogem do controle do avaliado e estão relacionados mais aos entrevistadores.

Para ilustrar o que estou falando, podemos tomar o caso de um reality que acabou recentemente com a escolha de um estudante universitário para o cargo de trainee de uma empresa do grupo publicitário do apresentador do programa.

Nesse reality, todos os candidatos, após a seleção dentre muitos outros, se submeteram durante meses aos vários testes, muitos deles relacionados ao trabalho em equipe. Afinal devem ter pensado ou orientados sobre o fato de que o trabalho dentro de uma empresa de publicidade deve ser feito sempre em equipe. Todos devem ter dado o melhor de si para mostrarem sua capacidade e habilitação para o cargo oferecido. Mas, surpresa, no final, a escolhida foi justamente aquela que apresentava o perfil mais parecido com o do apresentador e dono das empresas. Ou seja, de nada adiantou para os candidatos toda briga, todo esforço para esse processo, embora eles certamente terão suas chances em outras empresas, claro.

Eu mesmo tive a oportunidade de participar de um processo seletivo para o cargo de Controller de uma empresa multinacional e logo depois de ser contratado, soube pelo meu Presidente que para aquela posição ele havia recebido cerca de 350 currículos dos quais havia selecionado poucos candidatos para entrevista pessoal. Ele me disse que tinha adotado um critério “”extremamente técnico e criterioso”” tanto para a escolha dos currículos a serem chamados para a entrevista quanto para a hora da entrevista.

No processo de triagem de currículos que lhe foi passada, ele escolhia aqueles que não lhe davam dor de estômago… e chamava para a entrevista pessoal… durante a qual, ele escolheu o candidato que não lhe deu dor de estômago…

Para mim, claro, esse processo foi extremamente justo. Talvez existissem muitos candidatos excelentes dentre os chamados, mas, valeu justamente um fator subjetivo no processo, que foi o momento do entrevistador, do avaliador. Para ele, valeu no momento da entrevista uma coisa chamada simpatia, pela qual eu fui sorteado.

Perdoem-me os especialistas em processo de seleção de pessoal, mas esse fator subjetivo parece estar muito presente em muitos casos.

 

Nelson Fukuyama é Editor Responsável pelo Dicas Profissionais e é também Diretor da Yama Educacional.