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Trainee, Estagiário ou Menino Prodígio?

Posted: 19 de outubro de 2011 às 7:27 pm   /   by   /   comments (0)

 

Nelson Fukuyama*

A quantidade de programas de seleção de trainee e estagiários para o mercado de trabalho é enorme e cada vez mais crescente. Se há algum tempo os programas de seleção eram restritos a número reduzido de interessados, que ficavam sabendo pelo famoso “boca-a-boca” ou ainda através de anúncios nos murais de universidade, atualmente eles são mais visíveis e, portanto, atraem maior número de candidatos.

Se há um número maior de candidatos, não fica difícil imaginar o que isso provoca no sistema de seleção.

Primeiro, falando sobre a quantidade de candidatos, como é que muitas instituições especializadas na colocação de jovens profissionais gerenciam esse processo especialmente quanto a conseguir vagas para tanta gente? Será que o mercado de trabalho tem capacidade de absorver tantos candidatos?

Depois, falando sobre a qualificação dos candidatos, é preciso pensar nas exigências na seleção de tantos jovens profissionais. É certo que são considerados alguns aspectos no processo de seleção como formação acadêmica, qualificação desejada para a função, quem indicou e tal.

Mas, observa-se que somente isto não basta. As organizações querem muito mais. E para isso são mais exigentes no processo de seleção de seus candidatos. Elas agora precisam saber mais detalhes da vida pessoal, “fuçam” participações em blogs, mídia sociais, desejam conhecimentos em idiomas estrangeiros, exigem cursos pós-graduação, buscam sinais de empreendedorismo, exigem sinais de liderança, desejam escolher quem mostra competência na tomada de decisão ou trabalhe bem em grupo.

Tudo como se fosse até um cenário de reality show no qual os candidatos são submetidos a uma série de tarefas em que atuam individualmente ou em grupos, sob as mais diversas condições, e sempre sob a supervisão de um expert. No final, é escolhido o grande campeão, supostamente aquele que melhor mostrou merecer a tão esperada vaga.

Tanta exigência nesse processo de seleção mostra que as organizações desejam não apenas escolher os melhores candidatos, mas escolher verdadeiros prodígios para os seus quadros.

Por isso mesmo, é preciso estar preparado para enfrentar as maratonas dos testes de seleção em todos os aspectos. Ser contratado como um trainee ou estagiário é um grande passo para a carreira, especialmente se a conquista for porque você é um prodígio.

O que fica para reflexão é se, após tantos testes de avaliação e ser chamado de prodígio, a organização que o contratou irá cumprir as tantas promessas apresentadas antes e durante o processo de seleção como: remuneração, benefícios, bom ambiente de trabalho, treinamento nas diversas funções, supervisão, avaliação de desempenho, etc.

Caso isso não aconteça, o jovem profissional deve estar preparado para enfrentar e superar as suas primeiras decepções na carreira e daí ter que demonstrar mais uma qualidade de jovem profissional prodígio, com capacidade de superação de obstáculos.

* Nelson Fukuyama é Editor Chefe do portal DicasProfissionais e Diretor da Yama Educacional. Todas as suas matérias refletem as suas experiências profissionais presenciadas durante anos como consultor e executivo de empresas nacionais e multinacionais. A reprodução total ou parcial é autorizada desde que citada a autoria e o portal Dicas Profissionais. (ww.dicasprofissionais.com.br)