Você investe mais em diversão ou em conhecimento?

Nelson Fukuyama*

Imagine. Você convida alguém para participar de uma palestra cujo conteúdo poderá ajudar muito a sua carreira. “Quando será?”, “quem vai?”, “onde será?”,”quanto tempo será?” e (mais importante) “quanto custará?” são as perguntas mais frequentes, para começar. Depois vem um monte de desculpas e a principal “R$ 100??? tá louco, mas, é muito caro! eu não tenho essa grana para gastar”…E ela acaba desistindo de participar de um evento que poderia agregar muito ao seu currículo.

Imagine agora você convidar a mesma pessoa para um show. “Sabe quem virá se apresentar aqui no mês que vem? Aquele cantor inglês famoso dos anos 60, vai ser no teatro tal, o ingresso será entre R$ 200 e 700. Ou ainda “aquela cantora americana famosa virá aqui, o ingresso custa entre R$ 1.500 e R$ 2.500”. Também: “vamos no show daquele grupo de rock que fez muito sucesso nos anos 70, os caras estão velhos, mas…o ingresso será entre R$ 600 e 750”. “Ah! cara, esse show eu não posso perder. Eu não tenho essa grana agora, mas vou dar um jeito e vamos juntos, será o máximo. Valeu, cara, valeu mesmo”. E lá vai você investir no momento de felicidade, era tudo o que ele mais queria na vida.

Pois é assim mesmo. Investir num ingresso não é todo o sacrifício que muita gente faz. É preciso considerar ainda que tem gente que investe em passagem aérea ou ônibus ou carro para se deslocar até a cidade do show. E claro, tem que pagar também pela hospedagem e pela alimentação, ainda que decida ficar em um hotel mais econômico ou que tenha que se alimentar do famoso lanche duas ou três vezes por dia. E tem o “sacrifício” de ficar horas e horas, senão dias, na fila de espera para entrar no local do show. E nem reclama se tiver que dormir em barracas, ou se acomodar como puder. Se chover, qual o problema? tudo faz parte da diversão. Afinal, não é toda hora que se pode assistir a um show com aquela “velha e famosa” banda (antes que ela acabe de vez) ou com aquele cantor (que nem voz tem mais).

Bom, eu não sou contra ir a shows. Tem artista que vale mesmo a pena ir assistir. Afinal, nem sempre podemos ter o privilégio de ver alguém famoso tocar. Mas tem gente que vai a muitos anos.

Mas, cada pessoa faz a sua escolha. É preciso alertar as pessoas “festeiras” que a diversão é sagrada, mas é preciso pensar – e investir -também em conteúdo para a sua vida e carreira pois haverá uma hora em que a sua atitude será comparada com a de quem decidiu investir em coisas mais sérias.

*Nelson Fukuyama é Gestor e Colunista do portal Dicas Profissionais, Um dos idealizadores, Diretor e Administrador da Yama Educacional, Colunista dos portais Carreira&Sucesso da Catho, da Revista Atitude Empreendedora e Administradores.com. Idealizador e administrador de eventos nacionais e internacionais. Foi um dos Palestrantes do Dicas Profissionais Highlights 2013. Usa sua trajetória profissional ascendente, de trainee de consultoria externa a diretor de empresas nacionais e multinacionais para falar sobre comportamentos no ambiente de trabalho.